Certamente, o ditado “melhor prevenir do que remediar” já esteve com você em alguma situação. A frase é praticamente universal. Em inglês, ‘better safe than sorry’ também é utilizado com frequência. Sabedoria difundida em múltiplas culturas, mas que nem sempre levamos conosco nas decisões do dia a dia. Saiba que em assunto de manutenção, essa frase é lei!
Portanto, quando falamos em manutenção não tratamos de nenhum evento extraordinário, estamos falando do básico. E fazer o básico é simples!
Por isso, separamos quatro dicas que te ajudam a garantir uma manutenção de qualidade para seu maquinário. Claro, nos casos de máquinas florestais, os cuidados preventivos devem ser ainda mais necessários, haja vista as inúmeras adversidades a que essas máquinas estão expostas, desde os terrenos em que atuam e a intensidade das operações.
1. Limpeza – Tchau, sujeira!
Uma máquina limpa é sim mais funcional. Claro, não estamos falando somente da limpeza superficial, mas sobretudo da limpeza interna das máquinas. As máquinas florestais estão sujeitas a ambientes de muito pó e esse pequeno detalhe quando se junta pode se transformar em um “problemão”. O pó pode ser o responsável por aquecer as máquinas em demasia ou provocar atritos indesejados, logo não pode ser ignorado.
“Mais importante que a limpeza das cabines é a limpeza do sistema hidráulico. A sujeira é o ponto mais crítico em relação a manutenção. Por isso, deve-se verificar mangueiras, válvulas e bombas”, afirma Kassio Cruz, instrutor de treinamento técnico da Ponsse.
2. Lubrificação – A fluidez das máquinas
Graxa, óleo hidráulico ou outro lubrificante, o cuidado com a fluidez da máquina é também requisito básico no quesito manutenção. Para obter um bom resultado na lubrificação é indicado procurar qual o lubrificante ideal para cada componente, pois pode haver necessidades diferentes nos cuidados com o maquinário. Você encontra isso facilmente nos manuais das máquinas.
Esse procedimento, apesar de classificarmos como algo básico, também requer cuidados especiais. Atenção para as quantidades, pois um excesso pode provocar vazamentos.
A fusão de componentes pela ausência de lubrificação pode acarretar grandes prejuízos.
3. Fixação – Unidos seguiremos!
Um parafuso a menos e temos estragos demais. A fixação nada mais é que os cuidados com a manutenção das ligações das máquinas, como a garantia de um bom torque dos parafusos.
As máquinas florestais estão acostumadas a grande quantidade de vibrações e isso pode resultar na frouxidão de algumas ligas parafusadas. Emboraos parafusos estejam prontos para aguentar esse comportamento dos maquinários, faz parte de uma atitude preventiva a verificação da fixação das peças.
A fixação pode apresentar problemas principalmente quando itens são montados em desacordo com o projeto original, logo as máquinas devem obedecer a uma montagem rigorosa.
4. Trincas – A inspeção sem folga.
As trincas ou folgas podem surgir em decorrência da operação florestal, mas o grande segredo para uma boa manutenção é a velocidade de identificação. Reconhecido o problema, ele deve ser imediatamente resolvido a fim de evitar acidentes e transtornos na operação.
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Com esses quatro passos, você garante uma manutenção de qualidade e evita gastos elevados com imprevistos e situações difíceis de serem contornadas. Os gastos com manutenção fazem parte de um plano financeiro saudável, pois dificultam que um incidente acarrete grandes prejuízos, humanos e monetários.
Por atuarem em áreas muito irregulares, a probabilidade de máquinas florestais enfrentarem problemas técnicos em regiões de declive ou de difícil acesso é maior. Logo, os cuidados devem ser redobrados.
“A prevenção é o melhor caminho. Se esperar as quebras, vai ficar mais caro e pode acontecer em condições extremas. O que era para levar 4 horas para arrumar, pode chegar a dois dias em condições inadequadas”, reforça Kássio.
O instrutor de treinamento tem larga experiência, pois já atuou na linha de frente dos reparos como mecânico. Ele alerta para a necessidade de inspeções frequentes, por isso a operação da Ponsse já adotou um profissional dedicado em rotinas de inspeções das máquinas.