As varandas começam a ser decoradas, as casas ganham um brilho diferente, em um pisca-pisca que nos lembra que o fim de ano chegou. Nos corredores do supermercado, as exclamações se repetem: Já tem panetone, que rápido!
Muita coisa se repete nos finais de ano, mas nada mais tradicional do Natal em diversos lugares do mundo que a árvore natalina. Muitas casas seguem a tradição de montar a sua, com diferentes estilos e tamanhos, mas sempre lembrando a tradição natalina.
Em meio a tantas tradições, o Papai Noel é a figura de destaque. Mas não no setor florestal! Afinal, o que seria do Natal sem as árvores? É aí que o Pinheiro assume o protagonismo da festa!
Você já se perguntou de onde surgiu a tradição de enfeitar as árvores nesta época, em especial os pinheiros?
Então, vamos entrar no clima de Natal!
Existem várias hipóteses para o surgimento das diversas tradições que compõe o Natal. Algumas são um pouco mais práticas, como a utilização de pinheiros como símbolos desta data comemorativa.
Não podemos esquecer que o Natal é uma tradição do hemisfério Norte, que também se propagou na cultura de alguns países do sul. E o pinheiro, assim como outras árvores coníferas, são comuns nas regiões mais frias do globo.
Além de exuberantes, os pinheiros têm como característica sua resistência à baixas temperaturas, mantendo a folhagem mesmo no inverno rigoroso. O pinheiro é uma árvore de perene, isto é, que se mantém sempre verde. Essa característica lhe atribui alguns significados simbólicos, como a árvore que representa a esperança, dado sua resistência. Nada melhor para o final de ano do que renovar os votos de esperança. O significado pode mudar a depender da cultura, mas a tradição dos povos antigos de enfeitar essas árvores atravessa o tempo e gerações.
Tá, mas e o Brasil nessa história?
Assim como outras tradições natalinas, o Brasil importou a ideia da decoração de Natal com os pinheiros, porém, muitas vezes, a opção é pela versão artificial. Mas se engana quem pensa que os pinheiros são só coisa de regiões muito frias: o pinheiro pode ser brasileiro!
Claro, não estamos falando dos gigantescos pinheiros do norte, mas de uma espécie que ganhou muito terreno e até espaço na sala dos brasileiros que optam por uma decoração natural no natal: a Tuia Holandesa. Eu sei, até o nome é europeu, mas podemos abrasileirar essa espécie de porte menor com a criatividade!
A espécie tem formato de cone que garante a tradição do Natal e ainda uma folhagem de cor verde muito vivo, que embeleza os ambientes, além de ter um valor comercial acessível.
Esperamos que os pinheiros, sejam artificiais ou não, estejam cercados de boas energias neste Natal, e quem sabe muitos presentes. O mais importante das tradições é preservar o espírito de generosidade que marca o encerramento de cada ano.
Ah, também tem o Papai Noel!
Para não dizer que não falamos do Papai Noel, outro grande astro da festa de Natal. A lenda natalina é que o bom velhinho passa nas casas para deixar os presentes no entorno da árvore de Natal. Dizem por aí que ele viaja com o seu trenó puxado por um conjunto de renas, mas em se tratando de um senhor da Finlândia, mesmo país de origem da Ponsse, não surpreenderia em nada se ele adotasse um forwarder para melhor eficiência na distribuição de presentes.
Um pouco mais sobre os pinheiros
Pinheiro é o nome comum das árvores que pertencem ao grupo das gymnospermas (gymnos = nua e sperma = semente). Isso significa que árvores pertencentes a este grupo produzem sementes sem produzir frutos. Em função do seu formato cônico, os pinheiros são também conhecidos como plantas coníferas.
Os pinheiros são plantas perenes (não perdem suas folhas durante o ano) que produzem resinas. A casca da maioria deles é grossa e escamosa. Algumas espécies têm sementes comestíveis que se podem cozinhar ou assar, como é o caso do pinhão da Araucária. Outras, são usadas como árvores de Natal e suas pinhas e ramos são largamente empregadas em decorações natalícias. Muitos pinheiros são também utilizados como plantas ornamentais em parques e jardins.
No Brasil, as espécies do gênero Pinus vêm sendo plantadas há mais de um século. Eles são importantes comercialmente para a produção de produtos sólidos de madeira, como compensados (MDP, MDF, OSB), madeira serrada, madeira perfilada, portas, pellets, etc. Isso porque o pinheiro é uma madeira leve, que possui um rápido crescimento. São duas as principais espécies de Pinus utilizadas em território nacional: Pinus elliottii e Pinus taeda.
Dos quase 10 milhões de hectares de árvores plantadas no Brasil, quase 2 milhões é composto por pinus, sendo sua grande maioria concentrada na região sul do país.